Anastácia Rocha Pereira, atleta brasileira

Data de nascimento: 7 de dezembro de 1997
Idade: 26 anos
Naturalidade: Barra de Santana, PB

Principais conquistas:

• Campeã Norte/Nordeste nas provas de 3.000 m com obstáculos e 5.000 m
• Recordista estadual dos 3.000 m com obstáculos
• Campeã dos 10 km da Maratona Internacional de Manaus 
• Campeã Universitária Brasileira nos 3.000 m com obstáculos e vice-campeã nos 10.000 m 
• Campeã nos 5 km na Maratona Internacional de João Pessoa
• Terceira colocada nos 21 km da Maratona Internacional de Salvador 
• Terceira colocada nos 21 km da Maratona Internacional de São Luís-MA ; 
• Campeã dos 7,5 km na corrida New Balance São Paulo; 
• Sétima brasileira na São Silvestre 2023
• Campeã da Meia Maratona Internacional de Curitiba
• Vice-campeã nos 21 km da Maratona Internacional de Porto Alegre

Melhores marcas:

• 3.000 m com obstáculos: 10:52
• 5.000 m: 17:53.80
• 5 km: 16min53s
• 10 km: 35min55s
• 15 km: 55min58s
• Meia-maratona: 1h18min43s

A história de Anastácia Rocha Pereira com o atletismo começou cedo, aos 11 anos, nos jogos internos de sua escola. Mesmo identificada como promissora pela professora de educação física, Anastácia não teve a oportunidade de desenvolver seu potencial.  Crescendo em uma zona rural da Paraíba, ela encontrou obstáculos como a falta de apoio e de recursos. 

Foi apenas anos depois, com 21 anos,  quando acompanhava seu irmão nas corridas, que o desejo pelo esporte foi reacendido. “Comecei a correr com o objetivo de qualidade de vida e perda de peso, e logo na minha primeira corrida conquistei um pódio”, conta ela.

A partir desse momento, Anastácia começou a se dedicar mais à corrida, conciliando os treinos com o trabalho como técnica de enfermagem.

Transição e primeiros pódios

Em 2020, ao participar de competições mais profissionais, como o Troféu Brasil, Anastácia viu o potencial de transformar seu talento em algo maior. Após receber conselhos de sua chefe para focar 100% no esporte, ela decidiu deixar a enfermagem e abraçar o atletismo.

 A partir daí, ela não parou de colecionar conquistas. Em 2022, ficou em 6º lugar no Troféu Brasil e quebrou o recorde estadual paraibano nos 3.000 metros com obstáculos, com o tempo de 10:52. "Eu corri bem e fiquei muito feliz e motivada", lembra ela. No mesmo ano, Anastácia conquistou o 1º lugar nos 10 km da Maratona Internacional de Manaus, mostrando que estava no caminho certo.

Evolução e conquistas recentes

Os anos de 2023 e 2024 trouxeram mais vitórias e desafios. Em 2023, Anastácia venceu o Campeonato Brasileiro Universitário nos 3.000 metros com obstáculos e foi vice-campeã nos 10.000 metros rasos, além de alcançar um impressionante 3º lugar nos 21 km na Maratona Internacional de Salvador e de São Luís. 

A atleta também conquistou o título na distância de 5 km na Maratona Internacional de João Pessoa. Em 2024, ela continuou a brilhar com vitórias importantes, como a meia maratona internacional de Curitiba. “Foi um ano recheado de resultados e evolução”, reflete Anastácia.

A preparação para a meia-maratona da Corrida Venus

Para a meia maratona Vênus, que será realizada no dia 1º de dezembro, Anastácia está investindo em uma preparação especial, voltando às raízes de onde foi criada, no sítio Salinas dos Heráclitos, em Barra de Santana (PB). 

“Estou treinando em percursos de terra e ladeiras, que ajudarão a ter um bom resultado na prova”, explica. Seu treino é multidisciplinar, com apoio de fisioterapeuta e uma equipe em Campina Grande, onde faz os treinos intervalados e de longa distância.

A expectativa para a meia-maratona é alta e Anastácia espera não só melhorar seu recorde pessoal, mas também competir em alto nível. “Acredito que vai ser uma boa meia-maratona, vai ser uma prova de recorde pessoal, talvez possa acontecer um recorde nacional! A gente sabe do nível que as brasileiras estão”.

Equilíbrio entre corrida de rua e de orientação

Além da corrida de rua, Anastácia vem se dedicando também à corrida de orientação, modalidade na qual atua como terceiro sargento do Exército Brasileiro. A transição para essa modalidade, segundo ela, trouxe ganhos para o seu desempenho. 

"Mesmo com essa transição, estou melhorando minhas marcas pessoais na corrida de rua", diz ela, destacando como a experiência na orientação contribui para fortalecer sua técnica e resistência.

Olhando para o Futuro

Aos poucos, Anastácia Rocha Pereira se consolida como uma das promessas do atletismo brasileiro, equilibrando com sucesso o alto rendimento nas corridas de rua e na orientação. Com uma trajetória marcada pela resiliência e pela superação de adversidades, a atleta está pronta para dar seu melhor na Venus e na Copa Nordeste de Orientação, que ocorrerá logo depois.

“Estou muito feliz de estar competindo com as melhores e buscando minha vaga e minhas oportunidades”, finaliza Anastácia, com a confiança de quem sabe que o trabalho árduo traz resultados.