
Com a chegada do verão e das férias, muita gente aproveita o tempo livre para manter a rotina de treinos à beira-mar. Correr na areia pode ser uma experiência prazerosa e revigorante, mas também exige atenção.
O tipo de solo, fofo ou batido, muda completamente a carga sobre músculos, articulações e até o gasto energético. Entender essas diferenças é o que separa um treino eficiente de uma lesão nas férias.
Areia fofa: esforço maior, mas risco também
A areia fofa é a preferida de quem busca força e resistência. Por ser instável, ela faz o corpo gastar mais energia para se manter equilibrado, o que aumenta o gasto calórico e ativa músculos estabilizadores, especialmente em torno de tornozelos e quadris.
Mas esse terreno também sobrecarrega tendões e panturrilhas. Correr longas distâncias na areia fofa pode provocar inflamações como fascite plantar e tendinite. Por isso, especialistas recomendam treinos curtos e intercalados com caminhada ou corridas leves na areia mais firme.
Areia batida: ideal para ritmo e segurança
A areia batida, próxima à faixa da maré, é mais compacta e segura. Ela oferece melhor resposta ao impulso do pé e permite manter uma passada regular, parecida com a do asfalto, mas com menor impacto.
Para quem quer manter o condicionamento nas férias, essa é a superfície ideal. O indicado é aproveitar o início da manhã ou o final da tarde, quando o solo está mais fresco e a maré baixa amplia a faixa firme de areia.
Cuidados indispensáveis no treino à beira-mar
Antes de encarar o litoral correndo, vale observar alguns cuidados básicos:
- Aquecimento e alongamento são fundamentais, já que o terreno irregular aumenta a exigência muscular
- Corrida descalça pode fortalecer os pés, mas deve ser feita de forma gradual e curta, até que o corpo se acostume
- Hidratação constante é essencial, pois o calor e o vento aceleram a desidratação
- Sempre que possível, corra em linha reta, evitando inclinações laterais da faixa de areia, que sobrecarregam um dos lados do corpo
Correr na praia é mais do que um treino físico: é uma oportunidade de desacelerar e aproveitar o ambiente natural!
Com ou sem tênis? Depende do objetivo
Correr descalço pode fortalecer a musculatura dos pés e melhorar a propriocepção, mas deve ser feito com cuidado. Comece com curtas distâncias (de 5 a 10 minutos), verificando se não há conchas ou detritos na areia. Para quem está acostumado ao asfalto, o impacto da adaptação pode causar dor na planta do pé.
Já quem opta por tênis deve escolher modelos leves, com boa drenagem e solado firme, para evitar torções e acúmulo de areia.
Treino eficiente e prazeroso
Correr na areia é um ótimo estímulo complementar para quem já treina regularmente. Ajuda a fortalecer pernas, tornozelos e glúteos, melhora a resistência cardiovascular e pode até servir como base para uma nova fase de treinos em 2026.
Com o fim do ano chegando, a praia se transforma em um laboratório natural para quem quer unir performance e prazer. Seja na areia fofa ou batida, o segredo está no equilíbrio: correr com consciência, curtir o ambiente e deixar que o som das ondas marque o ritmo da passada.