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Estudo analisa os efeitos da meia-maratona e da maratona no corpo. Veja a conclusão!

Correr longas distâncias é, sem dúvida, um desafio físico e mental. Mas será que os impactos de correr 21,1 km são tão diferentes dos de uma maratona completa, com seus 42,2 km? 

Um estudo espanhol publicado no Journal of Sports Medicine and Physical Fitness mergulhou fundo nessa questão, avaliando como essas duas provas afetam o corpo de atletas amadores. 

Maratona vs. meia-maratona: o que muda no corpo?

A pesquisa acompanhou 22 corredores experientes durante a tradicional Maratona de Madri. Os voluntários foram divididos em dois grupos — 11 participantes correram a meia-maratona (21,1 km) e 11 enfrentaram a maratona completa (42,2 km). Todos apresentavam perfis semelhantes de idade e características corporais, garantindo uma comparação mais precisa.

Antes e depois da corrida, os atletas passaram por avaliações físicas específicas, como testes de salto vertical (para medir a potência muscular) e coleta de sangue venoso. Durante a prova, amostras de suor também foram coletadas, e ao final, os participantes avaliaram a própria percepção de dor nas pernas.

Apesar de ambos os grupos correrem em ritmo parecido, os efeitos pós-prova mostraram diferenças notáveis. Os corredores da meia-maratona conseguiram manter uma performance mais estável e relataram menos dor muscular. Em contrapartida, os maratonistas sofreram mais com fadiga, perda de massa corporal e desequilíbrio de eletrólitos.

Dor, fadiga e preparo muscular

Os dados mais marcantes da pesquisa mostram que os maratonistas, mesmo com treinos mais longos em quilometragem, não estavam plenamente preparados para o esforço que a prova exige das pernas. A perda de altura no salto vertical foi significativamente maior nesse grupo, indicando queda brusca no desempenho muscular logo após a corrida: -25% nos maratonistas contra -11% nos meio-maratonistas.

Outro marcador importante foi a concentração de mioglobina no sangue, uma proteína que aumenta em casos de lesão muscular. Nos corredores da maratona, os níveis médios chegaram a 564,1 µg/mL — quase o triplo dos valores observados nos atletas da meia-maratona (186,1 µg/mL). Isso reflete o maior grau de dano às fibras musculares sofrido pelos maratonistas.

Além disso, os relatos de dor nas pernas após a prova foram mais intensos entre os que enfrentaram os 42,2 km, com uma média de 5,5 em uma escala subjetiva, contra 3,0 entre os que completaram a meia.

Ritmo e resistência: estabilidade é tudo

Um dado curioso observado pelos pesquisadores foi a capacidade dos corredores da meia-maratona de manterem um ritmo mais constante durante toda a prova. Já os maratonistas apresentaram maior oscilação no ritmo, o que pode estar relacionado à maior exaustão muscular e energética que se acumula ao longo das quatro horas (ou mais) de corrida.

Apesar da semelhança no ritmo médio e na taxa de suor, os maratonistas perderam significativamente mais massa corporal e apresentaram desequilíbrios maiores de eletrólitos como o sódio. Isso pode comprometer a hidratação e o funcionamento neuromuscular, contribuindo para a sensação de fraqueza e cansaço extremo no final da maratona.

Treinar mais não basta: é preciso treinar melhor

A principal conclusão do estudo é clara: apenas correr mais quilômetros nos treinos não é suficiente para preparar o corpo para os 42,2 km de uma maratona.

O fortalecimento específico dos músculos das pernas é fundamental para suportar o impacto prolongado da corrida e reduzir os danos musculares.

Segundo os autores, corredores que pretendem fazer a transição da meia-maratona para a maratona precisam não apenas aumentar o volume dos treinos, mas também incluir sessões regulares de treino de força — especialmente voltados para os membros inferiores.

O que isso muda na prática?

Para quem corre ou está pensando em encarar sua primeira maratona, o recado da ciência é direto: invista em musculação, treino funcional e exercícios que melhorem a força e a resistência muscular das pernas. Agachamentos, passadas, saltos e exercícios com pesos são aliados importantes.

Além disso, é fundamental prestar atenção à hidratação, à reposição de eletrólitos e ao ritmo de prova. O objetivo não é apenas chegar ao fim da maratona — é chegar bem, com menor desgaste e menor risco de lesões.

Conclusão

O estudo espanhol revela que, mesmo entre corredores amadores experientes, a maratona impõe um desgaste muscular e fisiológico muito maior do que a meia-maratona, mesmo quando o ritmo de corrida é semelhante.

Fortalecer os músculos das pernas, manter a hidratação e respeitar os limites do corpo são estratégias indispensáveis para encarar essa distância com segurança.

E, para quem ainda está nos 21,1 km, talvez seja o momento certo de investir em força antes de dobrar a meta.

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