Você provavelmente já ouviu que correr faz bem para o coração, para os pulmões e até para o humor. Mas e se dissermos que apenas 75 minutos de corrida por semana podem retardar o envelhecimento biológico em até 12 anos?
É o que aponta um estudo publicado no International Journal of Environmental Research & Public Health, trazendo evidências de que correr pode ser um verdadeiro "elixir" para a longevidade celular.
Corrida x Envelhecimento: o papel dos telômeros
O estudo investigou o impacto da corrida no comprimento dos telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos nossos cromossomos. Telômeros funcionam como um "relógio biológico": com o tempo, eles naturalmente se encurtam, o que está associado ao envelhecimento celular, à perda de funções do organismo e ao surgimento de doenças crônicas.
A boa notícia? Há formas de retardar esse processo — e uma delas é se mexer.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 4.400 adultos nos Estados Unidos, avaliando o tempo dedicado à corrida semanalmente e cruzando essas informações com o comprimento médio dos telômeros de leucócitos (LTL), células do sistema imunológico.
O resultado foi surpreendente: pessoas que corriam pelo menos 75 minutos por semana apresentaram telômeros significativamente mais longos do que aquelas que corriam menos de 10 minutos semanais. Essa diferença equivale, em termos de envelhecimento celular, a cerca de 12 anos a menos.
12 anos a mais de juventude celular
O cálculo é baseado na observação de que, em média, os telômeros encurtam cerca de 15,6 pares de bases a cada ano de vida. Assim, os indivíduos que alcançavam a meta de corrida semanal recomendada pelos órgãos de saúde dos EUA — 75 minutos de exercício vigoroso — tinham telômeros 190 pares de bases mais longos do que os sedentários. Isso representa uma diferença celular de 12,2 anos.
Importante frisar: essa medição não equivale diretamente a uma expectativa de vida maior, mas sim a uma "expectativa de saúde" ampliada.
Ou seja, mais anos com boa qualidade de vida, menos suscetibilidade a doenças como câncer, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até Alzheimer — todas elas já associadas, em estudos anteriores, ao encurtamento dos telômeros.
E quem corre menos que 75 minutos?
Curiosamente, o estudo não encontrou benefícios significativos para quem corre por períodos muito abaixo da marca de 75 minutos por semana.
Indivíduos que se exercitavam entre 10 e 74 minutos semanais não apresentaram telômeros significativamente mais longos que os totalmente sedentários. Isso indica que existe uma espécie de “limiar mínimo” de atividade vigorosa necessária para colher os benefícios celulares da corrida.
Embora os cientistas reconheçam a influência de outros fatores — como estilo de vida, genética e alimentação —, os ajustes estatísticos feitos no estudo confirmaram a validade da associação entre corrida e comprimento dos telômeros, mesmo quando controladas variáveis como idade, tabagismo, índice de massa corporal e histórico médico.
Mais evidências reforçam o poder do exercício
O estudo se apoia em um corpo crescente de pesquisas que indicam que a prática regular de atividade física está ligada a um envelhecimento mais lento.
Pesquisas anteriores já mostraram que indivíduos ativos fisicamente têm telômeros até 200 pares de bases mais longos do que os sedentários. Estudos com atletas de resistência, como corredores e ciclistas, também relataram telômeros mais preservados, ainda que os resultados nem sempre sejam consistentes — possivelmente por limitações no número de participantes.
Corrida: o exercício que mais preserva os telômeros
Apesar de diversas modalidades de exercício físico terem efeitos positivos sobre a saúde, a corrida tem se destacado especificamente na preservação do comprimento dos telômeros. Um estudo anterior analisando nove tipos de atividades físicas apontou a corrida como a única diretamente associada a telômeros mais longos, embora sem medir a duração ou intensidade da prática.
Essa nova pesquisa, portanto, se diferencia ao mostrar que é justamente a quantidade ideal mínima de corrida — 75 minutos por semana — que parece fazer a diferença. É a primeira vez que essa dose específica de atividade física vigorosa é relacionada diretamente ao retardo do envelhecimento biológico.
Correr é bom — e pode ser ainda melhor
Além do impacto positivo sobre os telômeros, a corrida traz uma lista extensa de benefícios já comprovados pela ciência: melhora da saúde cardiovascular, fortalecimento muscular, controle do peso, liberação de endorfinas (os hormônios do bem-estar) e até a prevenção de quadros depressivos.
Para potencializar os efeitos, especialistas recomendam prestar atenção na alimentação. Comer carboidratos e proteínas de qualidade antes e depois da corrida pode ajudar na recuperação muscular e manutenção de energia. Integrar treinos de velocidade, fortalecer a musculatura e manter uma rotina consistente também são estratégias que ajudam não apenas no desempenho, mas também na longevidade.
Investimento semanal com retorno vitalício
Em um cenário em que tantas pessoas procuram fórmulas para viver mais e melhor, a ciência parece ter uma resposta simples — e gratuita.
Correr, ainda que por pouco mais de 10 minutos ao dia (distribuídos ao longo da semana), pode trazer uma diferença real e mensurável no ritmo de envelhecimento do corpo.
Se o tempo é o bem mais valioso da vida, esses 75 minutos por semana podem, fazê-lo valer muito mais!
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